sábado, 27 de junho de 2009

Menininho doente, Mário Quintana


Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola,
junto à janela, sonhadoramente,
ele ouve o sapateiro bater sola.

Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
o sofrimento que ele tem se evola...

Mas nesta rua há um operário triste:
não canta nada na manhã sonora,
e o menino nem sonha que ele existe.

Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora
pra alminha boa do menino doente.

6 comentários:

  1. Que gracinha vc! Le tantos livros, ve-se que é uma menina culta!

    Parabens, continue assim que vc sera uma mulher de sucesso, inteligente e com muito valor! (já é mas sera mais)

    ResponderExcluir
  2. Que graça esse poema, Lívia. Tão meigo, tão Mário. Adorei.

    ResponderExcluir
  3. Na minha casa tem um menino doente, o vejo todos os dias no espelho. Mamãe diz que é mau de amor, papai manda ir ao médico, ele recusa e dorme, às vezes chora.

    ResponderExcluir
  4. Belo poema...
    Mario Quintana fez poemas lindos néah...
    Beijos

    ResponderExcluir